Ouça, porém, atentamente a tudo o que pode ser. Quando mais pode-ser souber, melhor pode confrontar as verdades e os conceitos, possibilitando, assim, um conhecer mais dinâmico e menos ingênuo.
"O ser nada mais é que o vir a ser", "O homem é a medida de todas as coisas". Unindo essas duas concepções da filosofia grega, de Heráclito e Protágoras respectivamente, podemos ter a idéia de como o conhecimento é subjetivo e metamórfico.
O que é o conhecimento, afinal? Um conjunto de palavras? Conceitos, raciocínios, deduções, induções, descrições, reduções? Ele é uma idéia abstrata complexa. O conhecimento não é algo palpável atingível ou edificável, ele é apenas "buscável". O importante, na verdade, não é o conhecimento em si, mas o conhecer. Este que é um ato sisífico de construir e destruir conceitos e que só é possível pela análise da informação, "o vir-a-ser".
Fica claro, assim, como as verdades são incompatíveis com o conhecer. A partir do momento em que elas são estabelecidas perde-se a mutabilidade do conhecer, perde-se, com isso, a liberdade e a criatividade. De criadores passamos a ser meros reprodutores.
Assim como a perfeição, o conhecimento verdadeiro e genuíno é inexistente, portanto, inatingível.
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