Nada melhor que uma paisagem bucólica para apreciar uma leitura de Caeiro e aproveitar para passar uma idéias a limpo no papel, se é que isso é possível.
Achei que seria muito pouco "Carpe Diem" dirigir-me a tal paisagem pelos meios conteporâneos de transporte. Então, como havia novamente, nas férias, me adestrado a andar de bicicleta, peguei-a.
Parei alguns minutos, trinta, para fazer um rápido raciocínio do que precisava levar: livro, caderno, água. Como lugar era bonito, peguei a máquina e como o tempo chamava à chuva, peguei um sacolinha plástica. Pronto.
Antes de montar na bicicleta vieram-me flashes de último incidente que quase transformou meu passeio bucólico em uma passeio só de ida aos Campos Santos. Estava, eu, descendo uma avenida "adrenalinicamente" quando um famigerado automóvel resolveu cruzar a minha preferencial. Esse foi o momento ideal para descobrir como os freios da bicicleta funcionam mal a altas velocidade. Na iminência de bater ou cair devido aos freios perfeitamente balanceados ocorreram duas memórias. A primeira foi meu amigo descrevendo a experiência de seu atropelamento. "Foi muito legal ver o asfalto passando por baixo de mim". A outra era a de que não estava usando capacete! Nos final das contas, por intervenção divina, destino ou casualidade do acaso, o motorista resolveu parar.
Peguei, então, o capacete e fui. Cheguei lá, sem incidentes desta vez, deitei a beira do lago e li alguns verso de Caeiro até as idéia aflorarem. Eis que percebo, ao buscar a caneta para anotar as ideias, que não havia caneta. Ops. Tive, afinal, que realmente seguir a filosofia de Caeiro: não pensar, apenas sentir. Fiquei observando...
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