Como não apenas porque tenho fome, mas porque sou dependente do prazer que sinto ao comer.
Exercito-me pelas endorfinas, dopaminas e todas as outras “-inas” liberadas pelo corpo ao fazê-lo. Às vezes exercito-me demais e como de menos pela sociedade: como dependo do prazer que sinto ao elogiarem-me.
Trabalho até a exaustão para, no fim de cada mês, receber uma overdose de prazer ao desperdiçar, com coisas banais, todo o dinheiro que ganhei a mais.
Amo porque meus sentimentos ficaram dependentes de uma pessoa.
Morro porque a vida é um ciclo vicioso.
Nasci de um ato altamente viciante.
Mas o vício, afinal, não é algo ruim e abominável?
Acho que devo, então, internar-me.
Creio que simplifica demais a condição humana. E quanto ao sofrimento e à abnegação, que são conflitantes com a vida epicurista, mas indissociáveis do espírito humano?
ResponderExcluirBoa troca de título. Mantenho minha crítica original.
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